Passageiros esperam por voo no Aeroporto de Ostend. - Foto: BELGA/AFP
O cancelamento de 232 voos programados para o Aeroporto de Bruxelas, na Bélgica, nesta segunda-feira (20) afetou cerca de 30 mil passageiros. As decolagens foram suspensas devido à ausência de agentes responsáveis pela segurança do local.
De acordo com um porta-voz do aeroporto, os profissionais pertencem à empresa britânica G4S Security e também aderiram à greve nacional que reivindica aumento salarial em um período de alta na inflação do país.
Os protestos em Bruxelas iniciaram por volta das 11h. Convocados pelo movimento sindical, cerca de 80 mil trabalhadores saíram às ruas da cidade para protestar contra o aumento dos preços e a queda do poder aquisitivo de bens básicos.
Atualmente, a população belga enfrenta a pior inflação em 40 anos. O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) encerrou maio com inflação acumulada de 8,97%, o maior patamar desde agosto de 1982, segundo o Gabinete de Estatísticas da Bélgica (Statbel).
Neste caso, como em todo o continente, o motivo da inflação na Bélgica é a eletricidade. Atualmente, os custos de energia no país são 54,4% maiores do que há um ano, acrescentou a Statbel.
Entretanto, a paralisação desta segunda não é a única prevista para esta semana no aeroporto da capital belga. De acordo com a assessoria de imprensa local, os funcionários de duas companhias aéreas estão programados para novas mobilizações entre quinta e domingo.
Os funcionários da Brussels Airlines também se comprometeram a se mobilizar para lidar com a pesada carga de trabalho. A empresa disse que lamenta a nova previsão de paralisação e alegou que havia cancelado os 148 voos que planejava realizar neste verão em um esforço para reduzir o estresse dos funcionários.
A companhia Brussels Airlines é responsável por 60% do tráfego de passageiros no Aeroporto de Bruxelas. A companhia ainda não sabe quantos voos serão afetados no total. Até agora, estão programados 525 voos para os três dias previstos nas paralisações.
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