País registrou nesta quarta-feira a maior incidência de covid-19 desde o começo da pandemia. Parlamento debate novas regras e planeja abolir o uso de máscaras na maior parte dos lugares.
A Alemanha voltou a registrar nesta quarta-feira, dia 16 de março, um novo recorde na incidência de casos de Coronavírus e ultrapassou pela primeira vez a marca de 1.600 novas infecções a cada 100 mil habitantes em sete dias, de acordo com dados do Instituto Robert Koch (RKI), a agência governamental para o controle e prevenção de doenças.
Autoridades de saúde alemãs relataram 262.593 novos casos de covid-19 e 269 mortes em 24 horas nesta quarta-feira. Para comparação, há uma semana, eram 215.854 novas infecções e 314 óbitos.
Apesar da incidência recorde, o parlamento alemão começa a debater nesta quarta-feira um projeto de lei que modifica as regras em vigor para conter a pandemia e relaxar diversas medidas. O regulamento atual, que inclui a obrigatoriedade de máscara e a apresentação de passaporte de vacinação em vários lugares, expira no próximo sábado, dia 19 de março. Portanto, um novo pacote de regras deve ser aprovado até sexta-feira.
O projeto de lei a ser analisado propõe que, a partir de domingo, sejam retiradas a maioria das restrições para conter a covid-19. A proposta é manter apenas medidas básicas de proteção, como o uso de máscara em hospitais, centros de saúde, transporte público, escolas e lares de idosos, por exemplo. Bares, restaurantes e comércio não exigiriam mais a proteção.
O presidente da Associação de Médicos de Seguros de Saúde Estatutários (KBV, na sigla em alemão), Andreas Gassen, disse que atualmente não há risco de o sistema de saúde na Alemanha ficar sobrecarregado por pacientes com Coronavírus.
"Temos que finalmente aprender, como sociedade, a viver com o Coronavírus sem que os políticos decidam a cada dois meses restringir severamente a vida cotidiana"
Em caso de surtos localizados, o projeto prevê que as restrições mais duras possam ser aplicadas pelos estados, como uso generalizado de máscaras, regras de distanciamento, testagem e apresentação de certificado de vacinação contra a covid-19.
Devido à alta incidência de novos casos, muitos estados querem manter as atuais medidas de proteção em vigor pelo menos até 2 de abril, como um período de transição, no qual as novas regras nacionais ainda não precisariam ser aplicadas. Ao menos seis governadores, entre eles o do estado mais populoso da Alemanha, a Renânia do Norte-Vestfália, já se manifestaram a favor desse período de transição.
O governador da Baixa Saxônia, Stephan Weil, disse em entrevista à emissora pública NDR que uma maior proteção vacinal era necessária para combater no longo prazo o alto número de infecções. Ele argumentou que, se surgir uma variante nova e mais perigosa do que a Ômicron, medidas mais rigorosas provavelmente entrarão em vigor novamente no outono.
Muitos governadores também reclamam, em particular, que há atualmente uma discussão menos aberta entre os estados e o governo federal do que ocorria no governo da ex-chanceler federal Angela Merkel.
Atualmente, 75,8% da população da Alemanha (o equivalente a cerca de 63 milhões de pessoas) já receberam duas doses da vacina contra a covid-19, e 58%, a dose de reforço. O índice é considerado baixo para superar de vez a pandemia, mas muitos defendem que seria suficiente para permitir relaxamentos.
No Brasil, algumas cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, estão relaxando as regras e abolindo o uso de máscaras, mesmo em lugares fechados. No entanto, ao contrário da Alemanha, o país vive uma baixa nos casos de covid-19 e está no verão, quando a incidência de doenças respiratórias costuma ser mais baixa.
No Brasil, aproximadamente 73% da população recebeu duas doses da vacina e cerca de 33%, a dose de reforço, segundo dados do site Our World in Data, da Universidade de Oxford.
Além do relaxamento das regras, a Alemanha discute a possibilidade de vacinação obrigatória. A partir desta semana, pessoas que trabalham em determinadas profissões da área da saúde serão obrigadas a comprovar que estão vacinadas ou que se recuperaram recentemente da doença. A medida vale, por exemplo, para funcionários de lares de idosos.
Segue em debate se a obrigatoriedade deveria ser estendida a outras áreas ou até mesmo a toda a população.
Em fevereiro, a vizinha Áustria tornou obrigatória a imunização contra a covid-19. No entanto, na semana passada, a medida caiu, antes mesmo de iniciada a fiscalização.
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