Trabalhadores da companhia aérea irlandesa Ryanair iniciaram, na manhã da última segunda-feira (8), uma série de greves para exigir ”a aplicação dos direitos trabalhistas básicos na Espanha”. Os funcionários desta companhia aérea também estão contestando a demissão dos trabalhadores envolvidos nos recentes protestos no país.
De acordo com o sindicato que representa o setor, a greve vai até janeiro de 2023, com ações semanais que devem afetar as operações da empresa de segunda a quinta-feira.
A greve afetou dez aeroportos espanhóis: Madrid, Barcelona, Santiago de Compostela, Girona, Málaga, Valência, Ibiza, Palma de Maiorca, Alicante e Sevilha. Não há estimativa, no entanto, do número de aeronaves afetadas durante a paralização.
Perante o início da mudança, o Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana decidiu o número mínimo de voos durante a greve de cinco meses em cada fábrica da Ryanair em Espanha.
Para voos domésticos entre destinos fora da Península Ibérica, entre 68% e 85% dos voos devem ser mantidos, dependendo do aeroporto e da época do ano. No caso das viagens dentro da península, onde o tempo de locomoção for superior a cinco horas, além das rotas internacionais, a percentagem de voos realizados deverá manter-se entre 36% e 60%.
Desde o início da temporada de verão, os membros da tripulação da Ryanair realizaram protestos por melhores condições de trabalho na Espanha. Em ambas as medidas, houve pelo menos 230 cancelamentos e quase 1.500 atrasos nos voos de ou para o território espanhol.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Espanhóis (USO) e o Sindicato Independente dos Tripulantes de Cabine de Passageiros de Companhias Aérea (SITCPLA), a Ryanair recusou-se a negociar com o setor, razão pela qual os trabalhadores ‘’viram-se obrigados a prosseguir com a greve” destaca o comunicado emitido por representantes de classe.
Entre as principais demandas dos trabalhadores estão a efetivação dos direitos trabalhistas básicos, a redução da jornada de trabalho, o cumprimento dos feriados e férias anuais, o reajuste salarial ao período pré-pandemia e a garantia do direito legal dos trabalhadores à greve.
De acordo com as informações fornecidas pela própria empresa, a Ryanair é a companhia aérea mais popular na Espanha. E de acordo com informações oficiais da associação, cerca de 1.600 pessoas fazem parte dos grupos que trabalham no gabinete do grupo.
Os passageiros afetados pela suspensão podem entrar em contato através do site da Ryanair. A remarcação de voos pode ser feita através do mesmo canal.
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