Várias companhias aéreas que operam nos aeroportos de Portugal tiveram seus serviços interrompidos devido a uma greve trabalhista que começou nesta sexta-feira (26).
Os funcionários da Portway auxiliam os passageiros em diversas áreas, incluindo embarque, manuseio de bagagem e nos balcões de atendimento. A ação começou nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal e segue até domingo (28).
Pedro Figueiredo, vice-presidente do SINTAC (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil), representante da categoria, disse que a paralização é um protesto contra o valor pago aos profissionais durante feriados, "Recebemos apenas 20 euros a mais para trabalhar nos feriados” explicou. Para o sindicalista, o valor considerado justo é de 75 a 100 euros a mais por turnos (8h).
De acordo com a lei portuguesa, feriados devem ser pagos de forma diferente de uma jornada normal de trabalho. Os grevistas também exigem melhores condições de trabalho, como locais apropriados para as refeições. No entanto, de acordo com o SINTAC, não há outra maneira a não ser a paralização.
Segundo o vice-presidente do SINTAC, até agora, a taxa de adesão à paralisação no Aeroporto de Lisboa, o maior do país, é de 90%. No Porto é de 85% dos colaboradores da Portway.
A Ana Aeroportos, responsável pela operação dos quatro aeroportos do país, informa que o número de empresas envolvidas pode ser grande, e o impacto nas operações pode afetar outras empresas para além das 22 já confirmadas. Entre as companhias afetadas está a Latam, que também faz voos entre Brasil e Portugal.
Vale ressaltar que a greve ocorre durante a alta de turismo de verão do país. Só em junho, 5,7 cerca de milhões de viajantes passaram pelos aeroportos portugueses, num total de 20.800 voos.
As companhias aéreas afetadas pela paralisação são: Aegean; Air Canada; Air Transat; American Airlines; Blue Air; Brussels Airlines; Cabo Verde Airlines; Easyjet; Euroatlantic; Eurowings; Finnair; Flyone; Latam; Luxair; Norwegian; TAAG; Transavia; Tunisair; Turkish Airlines; Volotea e Wizz Air.
Comments