Enquanto as autoridades do maior centro de jogos de azar do mundo lutam para conter o maior surto de covid-19 desde o início da pandemia, a região de Macau, na China, registrou 89 novos casos de coronavírus já no início desta semana, elevando o número total de infecções para mais de 900 desde junho,
Mais de 13mil pessoas estão em quarentena na região, que foi efetivamente fechada para limitar a propagação do coronavírus. Os mais de 600mil moradores da cidade passarão por três testes ainda esta semana, além de também precisarem passar por testes rápidos de antígeno.
Apesar de a região ainda não ter imposto um bloqueio maciço como Xangai e outras cidades chinesas, a maioria das instalações está fechada e os restaurantes só podem oferecer comida para viagem.
Somente os cassinos em Macau podem permanecer abertos para garantir a segurança do trabalho. O governo depende da indústria para mais de 80% de sua receita tributária, e a maioria da população é empregada direta ou indiretamente por resorts de cassino.
Mesmo com os cassinos abertos, há poucos jogadores e poucos funcionários, com muitos trabalhadores aconselhados a ficar em casa de acordo com os requisitos do governo.
Desde o surto em outubro de 2021, Macau que se considerava livre da covid-19, mais uma vez toma medidas drásticas para conter a infecção. Suas fronteiras com a China continental permanecem abertas e sua economia está intimamente ligada ao fluxo de turistas chineses.
Agora, Macau também adota a política de "zero covid" da China, que visa erradicar todos os surtos a todo o custo, e vai contra a tendência global de tentar coexistir com o vírus. Os casos registrados na região permanecem bem abaixo das infecções diárias registradas em outros lugares, inclusive de Hong Kong, cidade vizinha, onde já contabiliza mais de 2.000 casos por dia.
Macau, no entanto, possui apenas um hospital público e os seus serviços também foram afetados. As autoridades montaram hospitais improvisados próximo à Faixa de Cotai, para ajudar a conter o aumento de casos.
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