O presidente do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) emitiu um alerta na quarta-feira (17), comunicando que Portugal irá sofrer uma terceira onda de calor a partir do dia 20 de agosto e que o risco de incêndios rurais se mantém.
A onda de calor deve durar pelo menos quatro dias. É o terceiro episódio de temperaturas acima do normal neste verão, marcado por recordes em várias regiões europeias e incêndios em pelo menos 20 países. De acordo com o comunicado, o aumento na temperatura vai começar a ser sentido na sexta-feira (19), especialmente no interior do país, que pode alcançar máximas acima dos 35ºC
O país continua sem previsão de chuva. Apesar das altas temperaturas, os especialistas preveem que há 60% de chance de setembro ser mais quente e 50% de chance de ser mais seco que o normal. As preocupações em relação a incêndios aumentaram, pois, dezenas de hectares em toda a região já sofreram queimadas.
De acordo com o último relatório da ANEPC (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil), até às 20h, 230 incêndios estavam ativos no país. Mais de 2.600 bombeiros e 889 veículos estiveram envolvidos no combate ao incêndio.
Na Serra da Estrela, a maior área protegida de Portugal, mais de 18 mil hectares queimaram e as chamas continuam a ser combatidas. Segundo o satélite Copernicus, a fumaça do incêndio percorreu cerca de 300 quilômetros, chegando a Madrid, na Espanha.
Além do incêndio no norte de Portugal, outro foco em Leiria, na região centro, inclui mais de 450 bombeiros. Na tarde do dia 17, um bombeiro morreu ao tentar apagar o fogo. O ministério e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emitiram notas de condolências pela perda deste especialista.
Ele é o segundo bombeiro a morrer nas últimas semanas, enquanto combatia incêndios. No dia 15 de julho, André Serra pilotava um avião que caiu enquanto tentava apagar as chamas no norte do país.
O DGS (Direção-Geral da Saúde) reforçou as orientações para a aproximação da onda de calor, citando a previsão do IPMA. A primeira recomendação é procurar áreas frescas, arejadas ou ventiladas. Beber água e sucos, além de evitar o álcool também é recomendado.
Outras orientações são; evitar a exposição direta ao sol e dar atenção especial aos grupos de alto risco de insolação, como crianças, idosos, portadores de doenças crônicas, gestantes, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividades externas, praticantes de atividades físicas e pessoas isoladas.
Para mais orientações, a população portuguesa pode entrar em contato com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) através do número 808 24 24 24.
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