Um estudo do Observatório de Migração da Universidade de Oxford, aponta uma queda significativa no número de vistos de longa duração concedidos a imigrantes no Reino Unido após o Brexit (nome dado ao processo de saída britânica do bloco europeu).
Em 2019 o Reino Unido concedeu 270 mil autorizações a imigrantes para permanecer no pais por pelo menos 12 meses. Em 2021, quando não havia acordo de livre circulação entre os territórios britânico e da UE (União Europeia), esse número caiu para 42.700, uma redução de 85% entre os dois períodos.
Os pesquisadores Oxford afirmam que o Brexit impediu a contratação de trabalhadores da UE para atividades que exigem de baixo grau técnico, "a maioria dos cidadãos da UE recém-recrutados para trabalhar no Reino Unido deve se qualificar para vistos de trabalhadores qualificados", que exigem que um profissional ganhe um salário de pelo menos £ 25.600 por ano. O nível de escolaridade do funcionário também é um fator considerado.
Sem poder contratar trabalhadores com baixas qualificações técnicas, muitas indústrias têm de lidar com a escassez de mão de obra no Reino Unido. Segundo o Observatório, o setor do turismo, que inclui, trabalhadores de hotéis, restaurantes, cafés e lojas, é o que mais sofre com a falta de pessoas para preencher as vagas. De junho de 2019 a junho do ano passado, o setor perdeu cerca de 98 mil trabalhadores.
No final de 2021, um número recorde de vagas não preenchidas foi reportado pelo Gabinete Nacional de Estatísticas do Reino Unido, 1,2 milhão no total. O valor se refere apenas ao trimestre de setembro a novembro de 2021.
O Gabinete confirmou ainda que a terra da rainha perdeu 466 mil trabalhadores entre setembro de 2020 e setembro do ano seguinte, quase metade (201 mil) são jovens entre os 16 e os 24 anos.
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