De acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Ministério da Saúde espanhol, 4.427 mortes registradas neste verão podem estar relacionadas às altas temperaturas na Espanha.
O Ministério da Saúde acredita que o número já é superior ao total de óbitos, devido às condições climáticas, do ano passado, quando a previsão para a morte desse período foi superada em 3.576 pessoas, possivelmente devido ao calor ou frio extremo.
O Instituto de Saúde Carlos III, num relatório intitulado Monitoramento da Mortalidade Diária por todas as causas (MoMo), estima que o calor pode ter sido a causa de 830 mortes em junho, 2.223 em julho e 1.374 na primeira quinzena de agosto.
O relatório MoMo registra as taxas de mortalidade na Espanha desde 2004. Ao longo dos anos, o Instituto de Saúde Carlos III começou a estimar o número médio de mortes previstas na Espanha para cada período do ano usando os dados do levantamento.
É assim que o Departamento de Saúde estima as mortes associadas ao calor ou frio extremos. Sempre que se verificam condições meteorológicas atípicas, como neste verão, o Instituto de Saúde Carlos III compara o número total de óbitos na estação extrema com a média histórica, podendo assim relacionar parte do número extremo com as temperaturas que atingem o país, seja nas estações mais frias ou mais quentes do ano.
O Ministério da Saúde espanhol recomenda que os cidadãos se mantenham hidratados, evitem bebidas cafeinadas, alcoólicas ou açucaradas, permaneçam em locais frescos, reduzam a prática de atividade física, sobretudo ao ar livre e durante o dia, e comam alimentos leves nas refeições.
Os especialistas também recomendam às pessoas com sintomas, em função do calor, que persistam por mais de uma hora, entrar em contato com um profissional de saúde.
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