O salário médio dos trabalhadores em Portugal ficou em torno de 1.237 euros em março deste ano.
Os dados foram apurados pelo jornal Correio da Manhã, através das remunerações declaradas à Segurança Social pelas empresas.
No distrito de Braga o salário médio é de 1.093 euros e em Viana do Castelo de 1.042. Ficando bem abaixo da média nacional.
Só dois distritos estão acima da média nacional: Lisboa com 1.506 euros e Setúbal com 1.323.
Seguem o ranking os trabalhadores de Porto com 1.227 euros de salário e de Coimbra com salários médios em volta de 1.172 euros.
O distrito com salário médio mais baixo é Beja, com 990 euros de remuneração.
Vila Real e Bragança têm um salário médio de 1.001 euros.
Guarda e Portalegre ficam no salário médio de 1.007 euros.
A Comissão Europeia alertou que a pequena diferença que existe entre o valor do salário mínimo e do salário médio poderá desencorajar os portugueses a investirem na educação.
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No relatório do Pacote de Primavera do Semestre Europeu, a Comissão Europeia reforça que:
“embora os recentes aumentos do salário mínimo possam reduzir a pobreza daqueles que trabalham, também podem desencorajar os indivíduos a investirem na sua educação, devido à pequena diferença relativa entre os salários dos pouco e dos altamente qualificados”
A compressão das diferenças salariais decorrente do aumento do salário mínimo ao longo dos últimos anos tem sido uma das principais queixas dos sindicatos, tanto no setor público como no privado.
O salário mínimo foi atualizado em 40 euros entre 2021 e 2022, sem acordo dos parceiros sociais. E, segundo o Ministério do Trabalho, cerca de um quarto dos trabalhadores recebe em Portugal o salário mínimo garantido, ou seja, aproximadamente 880 mil portugueses.
O Primeiro Ministro Português, António Costa reiterou que o salário mínimo bruto mensal vai subir 45 euros em janeiro do próximo ano, atingindo os 750 euros, tal como está definido no programa eleitoral do PS (Partido Socialista). O objetivo é chegar a 2026 com um salário mínimo de 900 euros.
Os alertas da Comissão surgem num capítulo do relatório relativo à pobreza, uma área na qual Bruxelas considera que Portugal “ainda enfrenta desafios”, nomeadamente ao nível da adequação e cobertura da proteção social. “A adequação do rendimento mínimo é baixa nos 37,5% do limiar de pobreza”, quando a média europeia é de 58,9%, “e a cobertura dos apoios sociais é fraca”.
Além disso, “ainda persistem hiatos no apoio formal de trabalhadores atípicos” e a “pobreza dos que trabalham continua a ser relativamente elevada”, com 9,5% das pessoas empregadas em risco de pobreza.
A Comissão Europeia considera que “a baixa taxa de redução da pobreza e desigualdades com as transferências sociais aponta para menos despesa para proteção social do que a média europeia e para ineficiências na estrutura e desenho do sistema de proteção social”.
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António Costa, falou sobre o diferencial entre o peso dos salários no conjunto da riqueza nacional (45%) e aquele que os ordenados têm no conjunto dos países da União Europeia (48%). Ele afirmou que:
“Isto significa que temos nos próximos quatro anos de conseguir fazer todos em conjunto – a sociedade, o Estado, as empresas – um esforço para que o peso dos salários dos portugueses no PIB seja, pelo menos, idêntico ao que existe na média europeia. E isso implicará num aumento de 20% do salário médio no país. Esta é a meta a que nós temos de propor e que temos de ser capazes de, coletivamente, alcançar. Nós temos que ter um acordo de médio prazo, no horizonte desta legislatura, sob a perspectiva da evolução dos rendimentos. O Estado não se quer por fora desta equação, sabemos que podemos e devemos dar um contributo para que esta melhoria dos rendimentos seja efetiva”
Questionado por jornalistas sobre qual pode ser a contribuição do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa preferiu falar na “contribuição de todos os portugueses que trabalham para o país, criando riqueza e condições para que ela seja mais bem distribuída”.
O chefe de Estado complementou ainda:
“Uma forma é, crescendo a riqueza e a economia, ter uma subida de salários. Em alguns setores em que há falta de mão-de-obra para acompanhar o ritmo previsível e desejável de crescimento, isso já está a acontecer. Mas tem de ser um esforço coletivo, que significa uma aposta no crescimento do país”
De acordo com o relatório Taxing Wages 2022, publicado recentemente pela OCDE, a carga fiscal sobre rendimentos do trabalho em Portugal subiu no ano passado para 41%, apesar de ter descido na média da OCDE. Isso significa que os trabalhadores em Portugal recebem 72% do salário bruto que lhes é pago.
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