Portugal recebeu cerca de 9,6 milhões de turistas não residentes em 2021. Isso representa um aumento de 48,4% em relação a 2020, mas ainda é 61% inferior aos 24,6 milhões de turistas que recebeu em 2019, ano anterior à pandemia.
O INE (Instituto Nacional de Estatística) divulgou os números da indústria do turismo de do ano passado, e lembrou que 2021 ficou marcado pelos “constrangimentos decorrentes da pandemia”, o que resultou num impacto negativo ao turismo “Apesar de ter crescido face a 2020, ficou ainda aquém dos níveis de 2019″, informou o instituto.
A Espanha, por exemplo, continuou a ser a principal fonte de turistas internacionais (30,2%), com um aumento de 57,3%”. O mercado francês (16,1% do total) continuou em segundo lugar com um crescimento de 46,2%, o número de turistas do Reino Unido (10,6%) também teve uma variação positiva de 24,0% em 2021, enquanto o mercado alemão (8,0%) aumentou 39,1%.
Tendo em conta a prevalência de alojamentos turísticos como hotéis, turismo/alojamento rural, alojamento local, acampamentos de férias, e albergues, foram recebidos em 2021 cerca de 16 milhões de turistas e 42,6 milhões de pernoites, um aumento de 36,9% e 40,7%, respectivamente (-60,4% e -61,1%, na mesma ordem em 2020).
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Em 2021, o mercado interno de Portugal proporcionou 22,5 milhões de pernoites, ou 52,8% do total, um aumento de 33,2% em 2021 (-13,9% face a 2019). O crescimento de pernoites dos mercados externos foi superior (+50,1%), atingindo os 20,1 milhões (47,2% do total). O número de pernoites aumentou nas diferentes regiões, sendo as mais significativas a Região Autônoma dos Açores (+125,7%) e a Madeira (+80,0%).
O alojamento turístico acolheu 90,5% dos hóspedes e 87,6% dos pernoites, seguindo-se os parques de campismo (8,6% e 11,6%, respetivamente) e os acampamentos de férias e pousadas/ albergues (ambos 0,8%).
O Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor de alojamento turístico (16,2% do total de pernoites de não residentes), crescendo 46,0% (-66,5% em relação a 2019), seguido do mercado espanhol (14,6% do total), que aumentou 49,8% (-48,4% em relação a 2019). Já o terceiro mercado emissor mais relevante foi a Alemanha (12,5%), que cresceu 23,8% (-60,5% em relação a 2019).
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