A iniciativa é uma contribuição da Ordem dos Psicólogos Portugueses para o incentivo e divulgação das melhores orientações e práticas que se desenvolvem em Portugal no que diz respeito à segurança, à saúde e ao bem-estar no local de trabalho.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima-se que anualmente 2,7 milhões de mortes são atribuídas ao trabalho. Muitas por consequência de doenças profissionais ou em resultado de acidentes de trabalho. A crise de saúde pública veio colocar ainda mais ênfase sobre a saúde mental e a importância da promoção do bem estar e segurança nos locais de trabalho.
O alerta foi feito por Marta Temido, Ministra da Saúde de Portugal, durante a sessão de entrega dos prêmios “Healthy Workplaces – Locais de Trabalho Saudáveis 2022”, uma iniciativa que reconheceu as organizações que apresentaram as melhores estratégias e ações relativas à segurança, à saúde e ao bem-estar no local de trabalho.
Conheça os vencedores das edições anteriores.
Os Prêmios Locais de Trabalho Saudáveis 2022 foram atribuídos às seguintes empresas:
Grandes empresas (organizações com mais de 250 colaboradores)
1º Joaquim Chaves Saúde
2º Bosch Car Multimedia Portugal S.A.
3º Siemens S.A.
Médias empresas (organizações com 50 a 249 colaboradores)
1º FABAMAQ Sistemas Informáticos S.A
2º Respol – Resinas, S.A.
3º Cartonarte-Indústria de Cartonagem, S.A
Micro e Pequenas empresas (organizações até 49 colaboradores)
1º Planycorpo, Fisioterapia Lda.
2º Polidiagnóstico Empresas, Lda
3º Fundação Cecília Zino
Francisco Miranda Rodrigues, Presidente da OPP (Ordem dos Psicólogos Portugueses), reforçou que este reconhecimento é um “prémio para a humildade e para a confiança de quem acha que está a fazer um trabalho que pode ser reconhecido” e não uma ação de “cosmética”.
Os selos e os prémios são o “reconhecimento para a coragem de quem se atreveu a candidatar-se, se expôs com as suas práticas e está disposto a aprender”. O responsável afirmou ainda que “o bem-estar nos locais de trabalho tem impactos diretos na economia e deve, também por isso, ser promovido”.
“Não há economia a crescer sem as pessoas fazerem com que isso aconteça. Para isso, é necessário que estas tenham as melhores condições para o desempenho das suas funções e não estejam em sofrimento”
No total, 85 organizações concorreram a estes prêmios com o objetivo de reconhecer o forte empenho e uma abordagem participativa na gestão dos riscos psicossociais e da Saúde Ocupacional.
A expectativa é que os projetos selecionados possam ser replicados ou sirvam de exemplo e incentivo para que se multipliquem as boas práticas por outras empresas/organizações.
As organizações que atingiram 60% ou mais da pontuação possível, atribuída no Checklist de Boas Práticas no Local de Trabalho e que cumpriram um conjunto de requisitos foram reconhecidas com o Selo Healthy Workplace – Local de Trabalho Saudável (nível I, II ou III). Entre elas, as melhores receberam o prêmio.
Esta iniciativa enquadra-se no âmbito da parceria entre a OPP (Ordem dos Psicólogos Portugueses) com a ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho) e com a EU-OSHA (Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho) e conta com o Alto Patrocínio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Ministério da Saúde.
Embora o Estresse seja uma resposta normal às pressões da vida profissional, quando o Estresse Ocupacional é prolongado ou excessivo pode ser um fator de risco para desenvolver problemas de Saúde Psicológica ou funcionar como um catalisador para alguém com Depressão ou Ansiedade, piorando um problema que já existente.
As seguintes situações podem contribuir para o Estresse Ocupacional:
Trabalhar muitas horas ou para além do horário de trabalho;
Não fazer pausas durante o horário de trabalho;
Levar trabalho para casa;
Ter prazos demasiado apertados para cumprir;
Trabalhar demasiado depressa ou fazer um trabalho muito difícil;
Objetivos irrealistas;
Desempenhar um trabalho monótono
aborrecido ou que não faz uso das capacidades
competências ou formação prévia;
Desempenhar um trabalho monótono
aborrecido ou que não faz uso das capacidades
competências ou formação prévia;
Realizar funções em que se tem um nível de controlo muito baixo ou apoio insuficiente por parte de supervisores e colegas;
Falta de clareza das funções e tarefas;
Bullying no local de trabalho;
Discriminação;
Não tirar férias;
Relações interpessoais com os colegas difíceis e/ou conflituosas.
Os sinais FÍSICOS de Estresse incluem:
Trabalhar muitas horas ou para além do horário de trabalho;
Não fazer pausas durante o horário de trabalho;
Levar trabalho para casa;
Ter prazos demasiado apertados para cumprir;
Trabalhar demasiado depressa ou fazer um trabalho muito difícil;
Objetivos irrealistas;
Desempenhar um trabalho monótono
aborrecido ou que não faz uso das capacidades
competências ou formação prévia;
Desempenhar um trabalho monótono
aborrecido ou que não faz uso das capacidades
competências ou formação prévia;
Realizar funções em que se tem um nível de controlo muito baixo ou apoio insuficiente por parte de supervisores e colegas;
Falta de clareza das funções e tarefas;
Bullying no local de trabalho;
Discriminação;
Não tirar férias;
Relações interpessoais com os colegas difíceis e/ou conflituosas.
Os sinais PSICOLÓGICOS de Estresse incluem:
Sentir-se sobrecarregado e frustrado;
Sentir-se culpado e triste;
Sentir-se irritável;
Perder a confiança e ficar indeciso;
Pensar de forma negativa;
Ter problemas de memória;
Preocupar-se excessivamente.
Em termos gerais, um colaborador com um problema de Saúde Psicológica pode sentir-se:
Triste e em baixo. Vazio, irritável, ansioso, com dificuldades de memória ou mais lento a pensar, incapaz de se concentrar ou tomar decisões, cansado, exausto, com falta de energia ou letárgico, com pouca motivação e sem interesse, agitado ou inquieto, com vontade de chorar, com alterações do apetite, incapaz de dormir ou com demasiado sono, inútil, culpado ou envergonhado, incompreendido, traído, sem vontade de conviver, triste, sem esperança, com vontade de “beber para esquecer”, com vontade de morrer;
Ansioso e nervoso. Com o coração a bater muito rápido, a suar, com pensamentos demasiado rápidos, com dificuldade em lidar com os outros ou as tarefas do trabalho, excessivamente preocupado, irritável, zangado, impulsivo, com dificuldade em dormir e em concentrar-se, com medo de ser julgado ou de fazer “figura triste”;
Inseguro e incompreendido. Como se o mundo estivesse tudo contra si, com a sensação de que tudo o que diz não é bem compreendido, com a necessidade de estar sempre “à defesa”, que está a ser observado, que está a ser constantemente julgado e criticado, que está em perigo.
No trabalho, os problemas de Saúde Psicológica podem manifestar-se por alterações no comportamento habitual do colaborador. Por exemplo, um colaborador que anteriormente era focado, enérgico e orientado para resultados começa a chegar tarde, parece desorganizado e letárgico, torna-se menos produtivo. Ou um colaborador que, durante anos, raramente faltou e era um “jogador de equipa” apreciado pelos colegas tem tido recentemente muitas ausências. Os colegas notam que está mais isolado e pouco comunicativo.
Existem várias pequenas ações que podem melhorar a nossa Saúde e o nosso bem-estar no trabalho, evitando que cheguemos a viver o Estresse Ocupacional. Por exemplo:
Desenvolver boas relações com os colegas
criando uma rede de apoio;
Falar com pessoas em quem confiamos
dentro e fora do Local de Trabalho
sobre aquilo que nos preocupa e nos faz sentir estressados;
Dizer quando precisamos de ajuda;
Ser assertivo – dizer “não” quando não conseguimos gerir mais tarefas;
Ser realista – não precisamos de fazer tudo “perfeito” “sempre”;
Fazer uma lista de todas as nossas tarefas – leva apenas uns minutos e pode ajudar-nos a priorizar as mais importantes e a colocarmos a nossa sensação de sobrecarga em perspectiva;
Quando começamos a sentir sobrecarregados e aflitos
respirar fundo. Fazer uma pausa durante alguns minutos e só depois voltar ao trabalho;
Apanhar ar durante a hora de almoço ou dar um passeio durante o dia;
Tentar não trabalhar para lá do horário de trabalho nem levar trabalho para casa. Esta situação pode justificar-se por períodos muito breves de tempo
a propósito de algum projeto específico e com datas e objetivos bem definidos
mas fazê-lo regularmente não tem bons resultados;
Fazer exercício;
Cultive interesses e relações fora do local de trabalho.
E você? Já sofreu com Estresse Ocupacional alguma vez? Como você se sente hoje com o seu trabalho? Conta para mim aqui nos comentários!
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