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Foto do escritorJey Pinheiro

Reino Unido enfrenta segundo dia de greve nos transportes ferroviários



O que se acredita ser o maior movimento paredista dos últimos 30 anos fez um forte retorno nesta quinta-feira (23), após o transporte público em Londres e em todo o Reino Unido ser lançado ao caos nesta última terça-feira (21), devido à greve que paralisou linhas ferroviárias e de metrô.


Membros do sindicato ferroviário, marítimo e de transporte (RMT) da Network Rail e mais 13 operadoras de trem entraram em greve pela segunda vez esta semana, devido ao fracasso das negociações.


Os trabalhadores ferroviários estão pressionando as autoridades do governo do Reino Unido para ajustar os salários e melhorar as condições de trabalho em meio à alta inflação e ao estresse econômico. Estima-se que apenas um em cada cinco trens circulará na linha principal durante o dia, complicando a vida de milhares de passageiros no Reino Unido.



A Network Rail informa que o serviço ferroviário desta quinta-feira será muito semelhante ao de terça-feira, começando no final da manhã e terminando por volta das 18h30. Os passageiros são aconselhados a viajar de trem apenas se for muito necessário.


Para reforçar o movimento, membros do sindicato dos ferroviários ASLEF também entrarão em greve nesta quinta-feira para negociações separadas sobre os salários. A Associação de Funcionários Assalariados de Transporte (TSSA) anunciou que seus membros pertencentes a Merseyrail (Sistema de trens metropolitanos de Liverpool) aceitaram uma oferta salarial de 7,1%.


Sob pressão, o governo anunciou que alteraria a lei para que os grevistas pudessem ser substituídos por trabalhadores temporários. No entanto, Neil Carberry, executivo-chefe da Confederação de Recrutamento e Emprego (REC), declarou publicamente que alterar a lei para permitir que as empresas contratem trabalhadores ocasionais para substituir trabalhadores em greve durante disputas industriais não irá funcionar.


“Os trabalhadores temporários estão em alta demanda, e a maioria não escolherá um trabalho que os obrigue a cruzar uma linha de piquete sobre outra onde não precisam fazer isso”, comentou o executivo.



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