A União Europeia retirou a proibição de viagem imposta a voos de países da África. A medida tinha sido adotada há mais de um mês, para viajantes provenientes da África do Sul, Lesoto, Suazilândia, Moçambique, Zimbábue, Botswana, Namíbia, Angola, Malawi e Zâmbia, como forma de prevenir novos casos de COVID-19 causados pela variante Ômicron.
Agora que a variante já está presente na Europa, a proibição foi dada como “desnecessária” pelos executivos do bloco econômico. De acordo com um porta-voz da UE, todos os 27 Estados-Membros concordaram em acabar com a proibição de viagens e retomar as viagens aéreas com os países da África. A União Africana (UA) havia pedido em dezembro o fim das restrições de viagem impostas a alguns de seus estados, alegando que as medidas penalizavam os governos que compartilharam dados rapidamente e seguiram regulamentações internacionais de saúde. Isso porque foi uma equipe de cientistas da África do Sul que comunicou pela primeira a existência da variante Ômicron, porém estudos já revelaram que a variante estava na Europa nos primeiros casos confirmados.
O que mostraria apenas que a África do Sul foi o primeiro país a detectar e sinalizar o surgimento dela, sendo erroneamente punida com o fechamento da fronteira. De acordo com a União Africana, essas medidas, de fechamento das fronteiras, com estes países (abre aspas): atuam “como um desincentivo para o compartilhamento de informações no futuro, potencialmente representando uma ameaça à segurança da saúde no continente e globalmente” (fecha aspas). Fora da União Europeia, o Reino Unido e a Noruega foram outros países europeus que acabaram com as restrições impostas às nações africanas. Da mesma forma que o bloco, a justificativa da retirada das restrições no Reino Unido é porque elas não são mais eficazes, uma vez que a disseminação da nova variante no país foi tão ampla que as regras não têm mais propósito.
Apesar do fim das restrições de viagens, vale lembrar que viajantes provenientes de países da África estão sujeitos a requisitos de entrada específicos de cada país do bloco, como a apresentação de um certificado de vacinação ou um teste negativo para a COVID-19, por exemplo.
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